"Não importa onde viva, não posso evitar a morte. Não importa quem seja meu amigo, não posso evitar a morte. Todos os seres transitórios que viveram na face da terra morreram. Todos os que viverão no futuro também morrerão. Da mesma forma, entre aqueles que vivem no presente, não há um sequer que escapará da morte. Desde o tempo do meu nascimento até o dia de hoje quantos próximos a mim já morreram? Quantos que eram estranhos ou inimigos morreram? Não há razão em acreditar que permanecerei vivo para sempre enquanto todos eles morreram.
Ninguém está livre da morte. Ninguém é capaz de prolongar a vida indefinidamente. A partir do momento do nascimento, sem pausa, a vida começa a diminuir e a morte se aproxima. A cada mês ela chega mais perto. A cada ano, mais perto ainda. Rapidamente aproximo-me da morte. Agora, enquanto sou jovem, deveria estudar e praticar o Dharma, mas por vezes penso: “Ainda não estou velho, tudo bem se deixar para depois.” Nesta vida curta, não posso ser tão ocioso! Por exemplo, se eu não praticar o Dharma enquanto jovem, então aos sessenta anos grande parte da vida já terá passado. Mesmo se depois de uma idade avançada, decidir praticar o Dharma, como o corpo e a mente poderão estar mais debilitados, será mais difícil alcançar grande avanço. Ademais, metade do tempo restante da vida é gasto dormindo.
Nesse sentido, também gastarei o tempo da preciosa vida humana com atividades como ter de preparar comida, andar para lá e para cá, distrações etc. Mesmo sob a perspectiva de alguém com grande motivação e perseverança, todo o tempo restante disponível para praticar o Dharma e avançar no caminho não é muito abundante. Devo rapidamente compreender tal verdade, conforme é vivenciada pelos santos seres, esforçando-me a cada momento disponível. Nesta vida passageira, possa eu jamais adiar a prática do Dharma por causa da preguiça e da procrastinação! É muito importante meditar dessa forma repetidamente, pensando nas razões da prática." - Essência da Ambrosia - Lama Taranatha
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